sábado, 17 de abril de 2010

Coletânea de Poemas I

Fala gente! Esse "quadro" vai coletar 3 poemas de diferentes autores toda a semana! Assim, você perceberá as diferenças do estilo de cada um.

Diz Toda a Verdade

Diz toda a Verdade mas di-la tendenciosamente -
O êxito está no Circuito
É demasiado brilhante para o nosso enfermo Prazer
A esplêndida surpresa da Verdade

Como o Relâmpago se torna mais fácil para as Crianças
Com uma amável explicação
A Verdade deve ofuscar gradualmente
Ou cada homem ficará cego -


(Emily Dickinson)

SONETO LXXXVIII


Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.


Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.


Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,


Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.

(Sir William Shakespeare)


Na Luz

De soluço em soluço a alma gravita,
De soluço em soluço a alma estremece,
Anseia, sonha, se recorda, esquece
E no centro da Luz dorme contrita.


Dorme na paz sacramental, bendita,
Onde tudo mais puro resplandece,
Onde a Imortalidade refloresce
Em tudo, e tudo em cânticos palpita.


Sereia celestial entre as sereias,
Ela só quer despedaçar cadeias,
De soluço em soluço, a alma nervosa.


Ela só quer despedaçar algemas
E respirar nas amplidões supremas,
Respirar, respirar na Luz radiosa.


(João da Cruz e Souza)


Gostaram? Comentem!
~Sauerale

2 comentários:

Mila Lopes disse...

Amei os sonetos e seu Blog...
Vou segui-lo!
Carinhosamente Mila!

AlêS disse...

Muito obrigado por usa preferência ;D